No dia 20 de fevereiro, Janderson Rocha Santos, de 33 anos, foi assassinado por um policial militar (PM) durante um surto psicótico. Um vídeo do ocorrido mostra Janderson, desarmado e em transe, caminhando na direção do policial. Aos gritos e com a arma apontada para o homem, o PM ordena algumas poucas vezes que o homem bote as mãos para as costas e em, seguida, dispara contra a vítima, que cai no chão.
Janderson possuía diagnóstico de esquizofrenia desde os 25 e vivia com sua família no bairro Sol Nascente, periferia do DF. A região é considerado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como a maior favela do País.
A PM apareceu na cena depois da mãe de Janderson, Dilza Santos, ter acionado os militares por volta das 21h pedindo ajuda para conter o filho em surto. Mas, além de não ajudarem a família, os PMs agiram com truculência do início ao fim da abordagem. Os tiros disparados pelo policial atingiu o homem no peito e abaixo da cintura.
Logo após a execução, policiais trancaram a mãe de Janderson em casa e impediram qualquer comunicação com parentes e com o advogado da família. Mesmo com a atitude claramente intimidatória, a família vai lutar por justiça. Em entrevista ao monopólio de imprensa G1, Dilza afirmou que não deixará passar em vão a morte do seu filho. A Comissão de Direitos Humanos da OAB afirmou que analisará o caso.