Nota da Redação: Reproduzimos abaixo um artigo do portal Crônica da Palestina sobre as batalhas no bairro Al-Zaytoun, na Cidade de Gaza, e a retirada da Brigada de Paraquedistas sionistas da Faixa.
A Rádio do Exército Israelense anunciou que o exército retirou a Brigada de Paraquedistas da Faixa de Gaza e a está substituindo por outras forças.
A decisão foi tomada após ferozes batalhas em Khan Yunis, onde a Resistência Palestina está mais uma vez recuperando a iniciativa.
Os paraquedistas estão estacionados na área de Khan Yunis há quase três meses.
“Nem a rádio nem o exército forneceram detalhes sobre o número e o equipamento da Brigada Paraquedista, que deixou Gaza”, informou a Al-Jazeera.
Uma Batalha de Zaytoun
Um cenário semelhante está se repetindo em Zaytoun, no norte de Gaza.
“As Brigadas Al-Qassam estão controlando as batalhas no bairro de Zaytoun, infligindo perdas à ocupação”, informou a Al-Jazeera.
Por sua vez, o exército israelense disse que seus soldados continuavam as operações militares em Zaytoun, supostamente destruindo aberturas de túneis e encontrando armas que pertenciam à Resistência.
Por outro lado, uma importante fonte das Brigadas Al-Qassam, a ala militar do Movimento de Resistência Palestina Hamas, disse que a Al-Qassam está administrando a batalha no bairro de Zaytoun com toda a força e habilidade.
A fonte disse que a Resistência infligiu pesadas perdas ao exército israelense, em termos de veículos militares, oficiais e soldados.
A principal fonte, que falou com a Al-Jazeera, acrescentou que a batalha na área de Zaytoun está sendo conduzida com base em informações e documentos de inteligência que a Al-Qassam obteve do exército israelense.
“A análise dos documentos que eles obtiveram permitiu que as Brigadas Al-Qassam identificassem os objetivos e as rotas esperadas da nova operação de ocupação no bairro de Zaytoun”, disse a fonte.
A fonte também “confirmou que as perdas da ocupação no bairro de Zaytoun são grandes e que a batalha ainda está em andamento”.
Desde o início da devastadora guerra israelense contra Gaza, em 7 de outubro, 582 oficiais e soldados israelenses foram mortos, incluindo 242 em operações terrestres que estão em andamento desde 27 de outubro, além de ferir cerca de 3.000 oficiais e soldados, de acordo com os dados anunciados.
Israel não reconhece suas perdas reais nas batalhas na Faixa de Gaza.
Atualmente em julgamento perante a Corte Internacional de Justiça por genocídio contra palestinos, Israel vem travando uma guerra devastadora em Gaza desde 7 de outubro.
Genocídio em Gaza
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, 30.035 palestinos foram mortos e 70.457 ficaram feridos no genocídio contínuo de Israel em Gaza, que teve início em 7 de outubro.
Além disso, pelo menos 7.000 pessoas estão desaparecidas, supostamente mortas sob os escombros de suas casas em toda a Faixa.
Organizações palestinas e internacionais afirmam que a maioria dos mortos e feridos são mulheres e crianças.
A agressão israelense também resultou no deslocamento forçado de quase dois milhões de pessoas de toda a Faixa de Gaza, sendo que a grande maioria dos deslocados foi forçada a ir para a cidade de Rafah, ao sul, densamente povoada, perto da fronteira com o Egito – no que se tornou o maior êxodo em massa da Palestina desde a Nakba de 1948.
Israel afirma que 1.200 soldados e civis foram mortos durante a operação Dilúvio de Al-Aqsa em 7 de outubro. A imprensa israelense publicou relatórios que sugerem que muitos israelenses foram mortos naquele dia por “fogo amigo”.