O governador reacionário de Goiás, Ronaldo Caiado, inaugurou no dia 28 de fevereiro o parque “Am Israel Chai”. A iniciativa pró-sionista busca “homenagear” as pessoas que morreram no dia 7 de outubro, sem nenhuma menção ao povo palestino ou mesmo aos israelenses que foram mortos pelo próprio Exército de Israel, e não pela Resistência Nacional Palestina. A ação foi respondida por ativistas pró-Palestina do estado, que colaram centenas de cartazes contra o genocídio sionista nas imediações do parque.
O evento contou com a presençado embaixador israelense Daniel Zonshine e de parlamentares notadamente reacionários, como o eugenista deputado federal Gustavo Gayer, a deputada federal rondoniense Cristiane Lopes (União Brasil) e o reacionário delegado Waldir. De forma sádica, serão plantadas 1,2 mil oliveiras no parque. A oliveira é uma árvore tradicional das terras palestinas invadidas por Israel.
Para consolidar o ato de servilismo ao sionismo, Caiado assinou dois acordos entre Israel e o estado de Goiás. Um deles é um acordo político firmando o compromisso de “combate ao antissemitismo”. Na verdade, é o comprometimento da repressão contra organizações e personalidades pró-Palestina, perseguidas em todo o Brasil sob a falsa alegação de antissemitismo. O segundo é um acordo econômico de “cooperação” tecnológica em várias áreas, principalmente na agricultura, oficializando a participação israelense no projeto de Fruticultura do Vão do Paranã, onde o embaixador de Israel já havia feito visitas, inclusive antes de outubro de 2023. Tal projeto é um impulsionamento do latifúndio (“agronegócio”) no estado, com cobertura a arremetidas contra terras quilombolas e repressão a camponeses pobres em luta pela terra.
O acordo foi possível, também, porque, apesar das condenações formais do governo federal ao Estado sionista de Israel, nenhuma ação concreta de rompimento de relações com o regime de Netanyahu foi realizada.
Resposta imediata
A inauguração da praça foi divulgada um dia antes, para evitar protestos. Mas, na véspera, integrantes do Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino colaram centenas de cartazes pró-Palestina nas imediações do local onde viria a acontecer o evento.
Além de denunciar o genocídio e exigir o fim da ocupação sionista, os cartazes também possuíam em seu conteúdo a denúncia do sadismo covarde de Caiado em aproveitar a dor e sofrimento de uma guerra para fazer campanha política eleitoreira.
Na noite de quarta-feira, as redes sociais foram tomadas por indignação contra o novo monumento pró-sionista de Caiado.