Na primeira semana deste mês de março, os servidores da Unidade de Acolhimento Residencial Professor Niso Prego, instituição pública da Cidade de Goiânia responsável pelo acolhimento de crianças a adolescentes, foram surpreendidos com a decisão da Juíza da Infância e da Juventude – Maria do Socorro de Sousa Afonso da Silva – de interditar provisoriamente a Unidade. A decisão da Juíza se deu após a “constatação de várias inadequações na estrutura física, administrativa e no quadro de funcionários e auxiliares” da instituição. Como consequência dessa ação, as 16 crianças entre 0 e 12 anos que se encontravam acolhidas na unidade, foram transferidas de forma abrupta para uma instituição de acolhimento filantrópica/religiosa recém inaugurada em Goiânia, de propriedade da Igreja Evangélica “Videira”.
A Unidade de Acolhimento Residencial Professor Niso Prego é o único abrigo público da cidade de Goiânia, responsável por acolher crianças de 0 a 12 anos vítimas de violações de direitos e/ou que foram retiradas do convívio familiar por determinação judicial, também é a única unidade que realiza acolhimento de crianças e adolescentes em caráter emergencial, nos casos resultantes de ações emergenciais do conselho tutelar, possuindo a capacidade de acolher até 40 crianças. O Niso Prego (como é conhecido) funciona sob a responsabilidade da Prefeitura de Goiânia desde 2015, ano em que deixou de ser responsabilidade do governo do Estado de Goiás, onde funcionava com o nome de “Sol Nascente”.
Diante desse cenário, os servidores do Niso Prego resolveram se unir em defesa da unidade, e vão aumentar a luta contra o descaso do Prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos).