Ao sair de casa para comprar pão pela manhã do dia 29/10, um adolescente de 15 anos foi abordado, torturado e ameaçado pelas forças reacionárias do Grupo de Apoio Tático Itinerante (GATI), um grupo da Polícia Militar (PM). O crime macabro ocorreu em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes, PE.
A ação sinistra dos policiais militares chamou a atenção de uma funcionária de um estabelecimento próximo, pela agressividade e arbitrariedade. A trabalhadora teria dito para os reacionários não abordarem o adolescente daquela forma. Ainda assim, segundo relato, o policial levou o adolescente para perto de uma mata, onde o asfixiou com um saco plástico em sua cabeça, além de ameaçar ele e a mãe de morte caso contasse o que aconteceu.
Momentos depois, a mãe e tia do adolescente, que haviam recebido uma ligação denunciando a tortura que o jovem sofria, chegaram ao local indicado na ligação. Nesse momento, o policial se retirou com uma submetralhadora e deixou covardemente o local em uma moto, fugindo da responsabilização de seus atos. A tia presenciou a fuga do policial e, logo após isso, a cena do sobrinho desfalecido e com marcas de tortura. Além das marcas nas costas, braços e rosto, que o adolescente apresentou ao Instituto Médico Legal (IML), também foi denunciada a dificuldade de andar, dores nos pulsos, pernas e em várias partes do corpo.
A prática sádica de torturas como essa não são pontos isolados. Os assassinatos praticados pela polícia no nosso país, por exemplo, chegam a números alarmantes, motivados em parte pelo mesmo sentimento fascista de violência contra as massas pobres. Embora haja subnotificação, o número de assassinatos pela força repressiva do velho Estado quase triplicou em 10 anos, entre 2013 e 2023, quando houveram 6.393 vítimas, com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A tortura policial passa por uma situação ainda mais complicada, pois não existe um monitoramento nacional sobre esse indicador. O velho Estado esconde da população a verdadeira face da instituição policial, que ainda repete o modus operandi da época do regime militar fascista nas nossas favelas e bairros pobres.