No último dia 15, a pauta contra a esgotante escala de trabalho 6×1, que levou milhares de pessoas às ruas em todo o país, também mobilizou dezenas de estudantes, professores, ativistas de movimentos sociais e trabalhadores em geral para ir às ruas de Petrolina e Juazeiro, externando o repúdio às condições de trabalho a que o povo brasileiro tem sido submetido pelas forças opressoras deste país, que agem sob os ditames do imperialismo ianque, sangue-suga de nossa nação.
A concentração do ato começou na cidade de Juazeiro-BA, na orla da cidade, onde ativistas produziam cartazes e convocavam a população a se juntar à manifestação, ressaltando sua justeza e necessidade. Ainda na concentração, muitos companheiros fizeram falas denunciando o sistema de trabalho 6×1 e seus beneficiários, as grandes corporações imperialistas e locais, e o sistema bancário, que suga o rendimento dos pequenos proprietários.
Uma professora do Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação (Moclate) destacou em sua fala que essa luta se levanta em uma situação política nacional e internacional, onde as massas travam lutas cada vez mais combativas, em que o heroico povo palestino ergue alto a luta revolucionária, convocando todos a combater. Ela afirmou que o crescimento da extrema direita demonstra a profundidade da crise a que chegou a velha ordem e a impossibilidade das classes dominantes de seguirem governando como antes. Nesse contexto, corresponde ao povo elevar o protesto popular e construir a Greve Geral de Resistência Nacional, como caminho para derrotar a escala 6×1.
A manifestação seguiu pela ponte que liga Juazeiro a Petrolina, onde os manifestantes, de forma altiva, entoavam palavras de ordem, e muitos motoristas que passavam pela ponte demonstravam apoio usando a buzina.
O ato seguiu para a frente da prefeitura de Petrolina, momento em que muitos companheiros faziam falas de agitação para a população que passava pelo local. Uma das companheiras do comitê de apoio ao AND também fez agitação, destacando o momento decisivo pelo qual passamos na história do país. Na mesma semana em que os camponeses de Barro Branco expulsam e derrotam novamente a extrema-direita d movimento “Invasão Zero”, as massas trabalhadoras se erguem em rechaço à jornada 6×1, demonstrando amplo potencial de mobilização e a tendência ao crescimento das manifestações, que se espalham como rastilho de pólvora pelo país.