Cerca de 500 manifestantes realizaram um ato na última sexta-feira (15/11) no centro de Brasília contra a escala 6×1. Dentre os participantes havia estudantes, trabalhadores, ativistas, organizações, partidos e sindicatos, que realizaram a manifestação e panfletaram para quem transitava pelo local.
Nem a chuva foi capaz de desmobilizar a manifestação marcada para iniciar às 9h na Rodoviária do Plano Piloto.
Às 11h, a manifestação se deslocou até a Praça Zumbi dos Palmares, de frente ao Centro Comercial Boulevard (CONIC), onde ocorreu uma concentração dos manifestantes. Durante essa concentração, houve discussão entre diferentes blocos dentro do ato sobre o que fazer.
Uma parte dos manifestantes se posicionou contra ficar na praça de frente ao CONIC, onde boa parte do comércio estava fechado.
Em peso, os manifestantes começaram a gritar “Chega de falação, vamos seguir a manifestação!” e “Eu não sou de açúcar, eu vou pra rua, eu vou pra rua, eu vou pra luta!” , como uma crítica à ideia da direção do ato de se cobrir embaixo de um prédio durante a chuva para que políticos e organizações eleitoreiras pudessem fazer fala.
Segundo uma professora que acompanhava o ato, essa ação “desmobilizou todo mundo”.
“Foram muitas falas de políticos, o que tornou o ato cansativo, e os trabalhadores que estavam no shopping (se referindo ao Conjunto Nacional) não conseguiam nem ouvir e nem ver a gente, então pra mim nem fazia sentido estarmos ali. Só após a gente gritar por mais de meia hora pra sair do lugar é que a organização decidiu ir para um lugar mais movimentado”, afirmou.
Após a concentração na Praça, outro bloco se formou e os manifestantes se deslocaram para a frente do Shopping Conjunto Nacional entoando “Trabalhador, preste atenção, essa escala só é boa pro patrão” . Durante o deslocamento, dezenas de carros buzinaram em apoio e trabalhadores acenaram em concordância com a pauta.
Mesmo impedidos de participar do ato, e a polícia impedindo os manifestantes de entrarem no shopping, muitos trabalhadores do comércio se posicionaram nas portas das lojas para observar e filmar a manifestação, e vários se somaram ao ato após o fim do expediente naquele feriado.