Em pleno feriado da falsa Proclamação da República, 15/11, cerca de 500 manifestantes tomaram as ruas no centro do Recife pelo fim da escala 6×1. A concentração do ato aconteceu no Parque Treze de Maio às 9h da manhã e seguiu para as ruas às 10h da manhã.
O bloco contou com forte presença de estudantes, professores e trabalhadores que seguiram pelas ruas Princesa Isabel, do Hospício, avenida Conde da Boa Vista e encerrando na avenida dos Guararapes às 12h30.
Os manifestantes carregavam bandeiras, cartazes de denúncia feitos à mão e grandes faixas com palavras de ordem. Em especial, uma assinada pela Liga Operária, que dizia: “ Pelo fim da escala 6×1! Pelo direito do trabalhador a maior descanso, estudo e lazer! ”.
Durante o ato, ativistas distribuíram panfletos para os trabalhadores que estavam nas ruas e calçadas, dialogando sobre a necessidade da luta. O ato foi bem recebido pelas massas trabalhadoras que filmavam, buzinavam ou até mesmo gritavam como forma de apoio aos manifestantes.
O representante do Coletivo Mangue Vermelho realizou uma intervenção no carro de som:
“Não surpreende que o governo de turno do pelego-mor Luiz Inácio tenha negado o fim da escala 6×1 e escolhido negociar os termos da proposta com a grande burguesia. Vende uma falsa conciliação para negar o direito do trabalhador ao descanso, para negar o direito ao estudo, para negar a este o direito a uma digna vida, o direito de ter contato com a família […] A recusa de nos dar o mínimo, é porque ele dá prioridade a política vende-pátria, de financiar oligarquia financeira internacional, de financiar a contrarrevolução que há no campo promovida pelas milícias bolsonaristas do Invasão Zero. Tomam as mesmas posições da extrema-direita, não podemos nos iludir, porque a social-democracia nada mais é do que a antessala do fascismo.”
Confira na íntegra:
Mesmo o ato tendo caráter pacífico do início ao fim, a polícia marcou presença de maneira desproporcional no evento, com a cavalaria a postos um quarteirão antes do local da concentração, policiais armados com equipamentos de confronto, viaturas que passavam constantemente ao lado do bloco e até a presença de um helicóptero, que sobrevoou a manifestação.
Os manifestantes não se intimidaram com as investidas e a manifestação seguiu altiva e cantando diversas palavras de ordem.